Bancos digitais ampliam leque de serviços para crescer

Os principais bancos puramente digitais e fintechs já contabilizam 5,737 milhões de contas correntes e de pagamento. É pouco em um universo de mais de 160 milhões delas, mas mostra o potencial desse segmento. O cliente é atraído pelo custo menor, já que muitas vezes há isenção de tarifase facilidade de acesso.

Daqui para frente, ele deverá contar com um leque cada vez maior de serviços. Além da oferta de um cartão para fazer transações do dia a dia, essas empresas já se preparam para o open banking: modelo de negócios em que é possível que uma instituição financeira compartilhe com outras empresas o

acesso à sua base de clientes.

Nesse modelo, o cliente de um banco digital poderá receber oferta de uma seguradora dentro da plataforma que já utiliza. Isso é possível porque a instituição financeira dá abertura para esse acesso através de APIs (sigla em inglês para interface de programação de aplicações).

Maior concorrência

O Banco Central (BC) espera que ainda este ano seja possível estabelecer uma regulação para esse modelo. Com parâmetros definidos, o open banking deve ganhar força, assim como ocorreu na Europa. O novo presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse na semana passada, em sua posse, que esse modelo é uma das ferramentas para estimular a concorrência bancária no Brasil.

Enquanto a regulação não chega, os bancos já fazem alguns testes. No Next, banco digital do Bradesco que começou a operar em outubro de 2017, os clientes têm acesso aos serviços mais demandados: cartão de crédito, pagamentos e linhas de empréstimo. Ainda assim, a instituição decidiu fazer parcerias com outras empresas para a oferta de serviços nesse novo modelo de negócios.

“Isso permite dar mais benefícios aos clientes. É possível oferecer serviços que estão na rotina dos usuários ou produtos financeiros”, diz Jeferson Honorato, diretor do Next.

FONTE: JORNAL O GLOBO


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